As vindimas na Adega de Palmela foram recentemente motivo de entrevista e manchete de um importante jornal da comunidade ucraniana em Portugal, escrito em círilico. Uma curiosidade que se justifica claramente com o facto de muitos membros desta comunidade trabalharem, ou já terem trabalhado, na Adega de Palmela, com quem mantêm uma forte relação de companheirismo e amizade.
Leia no nosso blog a entrevista em português:
Entrevista ao enólogo
da Adega Cooperativa de Palmela, Luís Silva
P: Os especialistas do
Instituto da Vinha e do Vinho prevêem que a estação 2014/2015 não será a mais
produtiva nas adegas, mas isso não se aplica às áreas de Palmela e Setúbal.
Aqui os especialistas vêem boas perspectivas de aumento da produção em 20%.
Confirma esta perspectiva positiva?
R: Confirma-se, de facto, o crescimento da produção relativamente
ao ano anterior. Ano, esse, em que a produção foi muito abaixo da média. Em
resumo, esperamos que este seja um ano médio em termos de quantidade. No que
respeita à qualidade, perspectiva-se elevada, em muito graças ao Verão fresco que
levou a que a maturação das uvas tenha evoluído favoravelmente.
P: A vindima é um
período difícil na vida dos vinicultores. Como organiza o trabalho na Adega
nestes dias?
R: As equipas são muito experientes, algumas estão juntas há
anos, pelo que já sabem bem o que fazer, o que acaba por facilitar o trabalho e
torná-lo mais eficaz.
P: Já trabalharam ou
trabalham na Adega Cooperativa de Palmela alguns compatriotas nossos?
R: Sim, ao longo dos anos já passaram pela Adega Cooperativa
de Palmela dezenas de trabalhadores ucranianos. Alguns dos elementos que
integram as experientes equipas, de que falei na resposta anterior, são
ucranianos. São pessoas muito profissionais, bem integradas, e, à semelhança
dos colegas, com grande capacidade de trabalho.
P: A Adega de Palmela
produz uma série de vinhos de renome, incluindo o Moscatel mais famoso do
mundo. Qual é a percentagem de Moscatel produzido em relação ao total?
R: A produção de Moscatel de Setúbal na Adega Cooperativa de
Palmela representa entre 5% a 10% da quantidade total dos vinhos aqui
produzidos.
P: Que outros vinhos da
Adega Cooperativa de Palmela são exportados para o estrangeiro? E para que
países?
R: Além do Moscatel de Setúbal são vários os vinhos
exportados, entre os quais o nosso entrada de gama, Pedras Negras, e os vinhos
DO, ou seja, com Denominação de Origem, de que são exemplo os nossos Palmela
Tinto e Palmela Branco. Depois temos os regionais, nomeadamente a nossa gama
Vale dos Barris, que se divide em Vale dos Barris Syrah, Vale dos Barris Castelão,
Vale dos Barris Branco Moscatel e Vale dos Barris Pink. Importa ainda destacar as
nossas aguardentes, entre as quais a Amus, aguardente bagaceira moscatel.
P: Realiza-se agora em
Palmela, entre os dias 4 e 9 deste mês, a Festa das Vindimas. Que papel
desempenha a Adega Cooperativa de Palmela neste evento?
R: A Festa das Vindimas é um acontecimento de grande
importância na região. Um momento fundamental de promoção dos nossos vinhos e
de outros produtos, bem como da promoção da própria região, pois trata-se de um
lugar com características únicas e excepcionais que estão na base da criação de
grandes néctares. A Adega Cooperativa de Palmela está presente com um stand onde é possível provar, adquirir,
e ficar a conhecer mais sobre tudo o que fazemos.
Sem comentários:
Enviar um comentário