Tal como manda a tradição, a
vindima começa pelas uvas brancas, fruta preciosa essa que está a chegar à
Adega de Palmela a grande velocidade. Todos os dias, carrinhas, camiões e
tractores carregados com as uvas produzidas pelos 300 associados desta Cooperativa,
chegam à Adega para descarregar.
Ao chegarem à Adega, é analisada
a acidez das uvas bem como outros elementos determinantes a perceber a qualidade
do produto. A seguir as uvas são despejadas dos atrelados, onde foram
transportadas, para uma máquina que faz o Desengace e Esmagamento… O Desengace
é o processo de eliminação das partes lenhosas dos cachos das uvas, fundamentalmente
da rama que une os frutos.
A higiene é fundamental |
As uvas são analisadas, descarregadas e o processo continua |
Segue-se a Prensagem das uvas de
forma a obter o mosto. Ao serem prensadas as uvas libertam o sumo e as peles
são eliminadas. É um processo delicado, uma vez que uma prensagem demasiado
forte poderia libertar a acidez das grainhas e da pele das uvas no sumo
resultante. Um sumo, ou suco, que se quer o mais puro possível, pois essência de
qualquer vinho de qualidade.
O Desengace é um passo fundamental no processo com vista à pureza do sumo |
A seguir é a Decantação, o que
significa que durante alguns dias o sumo é mantido em depósitos de inox, de
maneira a que qualquer resíduo, ou borra, ainda em suspensão, vá descendo até
ao fundo. Só o mosto é fermentado.
É nas cubas que se eliminam resíduos e borras do sumo |
A separação do sumo dos resíduos
é feita através de um processo que tem o nome de Transfega, e que consiste na
passagem do sumo da uva para uma cuba limpa. Todos os resíduos, ou borras, ficaram
acumulados no fundo do anterior depósito, e, assim, a pureza do produto é cada
vez maior.
Antes do engarrafamento há ainda
a Clarificação. Um processo de filtragem que elimina as mais minúsculas impurezas
que resistiram às acções anteriores, tornando o vinho límpido, tal como o conhecemos.
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